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sexta-feira, 15 de março de 2013

Semana do Livro incentiva atividades de leitura no RS

Porto Alegre é uma das capitais com mais leitores no país. Para aumentar o índice na cidade e no interior, a Câmara Rio-grandense do Livro convida órgãos e comunidade a apresentar ações de promoção de leitura

Estudo do Target Group Index, do grupo de pesquisa Ibope, realizado entre julho de 2011 e agosto de 2012, indica que 33% dos brasileiros leram um livro nos últimos 30 dias. Foram ouvidas 20.736 pessoas entre os 12 e 75 anos de idade nas principais áreas urbanas do país. Porto Alegre, ao lado de Belo Horizonte, se destaca por a alta percentagem de leitores: 41%. As duas cidades são seguidas por Brasília, 37%.

De acordo como mesmo levantamento, 64% concordam totalmente com a afirmação “Ler bastante pode fazer uma pessoa vencer na vida e melhorar a sua situação socioeconômica”. Fica claro que maioria reconhece que ler é importante. O que falta para conquistar mais leitores é incentivo.

Para conscientizar o poder público e a sociedade sobre a importância da implementação de políticas claras e consistentes sobre o livro, a CRL – Câmara Rio-grandense do Livro promove a Semana do Livro, de 18 a 24 de abril. Participam da iniciativa, realizada desde 2005, organizações da sociedade civil e do governo. A data de abertura, 18 de abril é Dia Nacional do Livro Infantil, quando se celebra o nascimento de Monteiro Lobato. O escritor consta, da pesquisa do Target Group Index , como o mais admirado autor brasileiro. prevista).

O ponto alto da Semana é comemorado em 23 de abril, Dia mundial do Livro e do Direito do Autor (data do falecimento de Cervantes e de Shakespeare). Nesta noite, a CRL homenageia, com os troféus "Amigo do Livro" e "Personalidade do Livro", pessoas e entidades que se destacaram no ano de 2012. Também são agraciados os profissionais que trabalham no setor livreiro e editorial gaúcho por "tempo de serviço" (25, 35 e 50 anos) e a "Biblioteca do Ano".

Para compor a programação Semana do Livro a ser elaborada e divulgada pela CRL, são recebidas propostas até dia 31 deste mês. Pessoas, escolas, bibliotecas e entidades que queiram apresentar atividades de promoção de leitura podem enviar e-mail para agenda@camaradolivro.com.br. Também são aceitas sugestões por fax (fone 51 3286-4517) ou carta. Os envelopes devem ser endereçados à Valdeci C. de Souza – Câmara Rio-Grandense do Livro, Praça Osvaldo Cruz, 15 / conjunto 1708 – CEP 90030-160. Os interessados devem se identificar, informar dados para contato, descrever sua sugestão, título, tipo, local, data, horário e público-alvo. São bem-vindas todas as manifestações. No ano passado, por exemplo, uma escritora abriu as portas de sua casa para mostrar a estudantes como se escreve um livro.

Texto da jornalista Beth Nunes

terça-feira, 31 de agosto de 2010

A FASE adolescente: violência e liberdade em eventos de letramento - Solange Carvalho de Souza

No interesse pela literatura infanto-juvenil, encontramos um certo tipo de leitor com características específicas, de forma geral, vinculado à imagem.
Através de dados empíricos oriundos da minha experiência profissional na Fase com adolescentes em conflito com a lei privados de liberdade, especialmente utilizando-me do cenário da biblioteca Dona Margarida e, a luz de linhas teóricas sobre o estudo do letramento e alfabetização (Souza,2003), constatei um grupo diferenciado com preferências e atitudes mais infantilizadas.
O fato de boa parte desses adolescentes não terem vivido em plenitude a infância ou mesmo por se encontrarem nessa ambigüidade – ora criança, ora adulto que “Uma vez colocados diante da possibilidade de ouvirem ou de lerem histórias, costumam optar pelas histórias infantis; em particular, pelos contos de fada tradicionais e pelas histórias de animais como as fábulas” (Craidy 1998).
Entre um mundo menos letrado e outro mais infantil se substitui o texto pela imagem, ou se faz uma integração entre ambos, aguçando a curiosidade no momento da leitura. O significado é atribuído a imaginação, e nesse caso, quem desconhece o código alfabético, também se torna leitor. Quem poderia negar que uma criança de quatro anos que pega um livro iniciando um discurso oral não estará lendo? É a primeira etapa para a leiturização.
Durante os anos escolares, o trabalho em sala de aula deverá estar voltado para a construção de sentido, dando oportunidade de perceber a escrita como significativa. Isso deverá ter espaço principalmente na família, que deverá estimular a criança com hábitos de leitura de livros , leituras das placas das ruas, sinais de trânsito e interpretação de jogos. Caso contrário, futuramente o texto será visto por elas como um conjunto de “palavras” cujo significado não interessa; a leitura será vista como apenas uma decodificação dessas palavras.
A maior parte da nossa clientela, não vivencia esses dois eventos de letramento, um dado pela família e outro pela escola. Por isso, mesmo estando na adolescência, procuram os livros infantis com desenhos de animais, personagens de contos de fadas, ou heróis em quadrinhos, buscando uma identificação “infantilizada e heróica”, por outro lado, buscam também um nivelamento no grau de aprendizagem em que se encontram.
Levo em consideração a concepção da “zona de desenvolvimento proximal“ de Vygotski, onde esses se situam numa área não totalmente esclarecida nem conhecida. Conflitos e comportamentos problemáticos, falta de coordenações em atividades, podem ser interpretados como contradições internas entre as exigências de uma certa situação e os limites dos instrumentos e meios disponíveis.

Então, cria-se o novo, sempre mediado pelas específicas formas das interações sociais:

- Vou levá este daqui porque tem menos coisa pra lê.
(justificativa do interno a respeito do livro infantil com imagens coloridas).
Dentre a procura por livros coloridos contendo poucos escritos, um dos adolescentes escolheu “O pequeno planeta perdido”, para ser entregue em três dias, mas levou muito mais. Só conseguimos reavê-lo quando o adolescente já não se encontrava mais na Unidade.
Portanto, apresento uma outra história baseada na estória de Mino e Ziraldo, ou melhor, o adolescente através da fantasia íntima (Goffman, 2001) escreve a experiência de ingressar na Fase e conta a sua história sob as imagens do livro a seguir.
(as imagens do livro não podem ser publicadas, pois implicam uso de direito autoral)
O adolescente termina com a estória aceitando o final do autor. O interno concorda com a vinda da Rosa, a namorada do astronauta, pois o personagem de Mino e Ziraldo fez com que todo “mundo”, e um grupo de cientistas que viviam no planeta Terra, enxergassem que ele tinha necessidades básicas: alimentação, ocupação (com livros, por exemplo), e de uma companheira.
Interpretar a relação que esse interno criou, observando mecanismos que o mesmo buscou para comparar semelhantes vivências com a estória lida, significa que, procurou chamar a atenção de muitas pessoas, ou seja, dos personagens . Principalmente para pedir atendimento de um grupo de técnicos vivendo “noutro planeta”.
Implora subjetivamente, para que esses o livrem da ociosidade e da solidão que o aprisionam mais que as grades, e que encontrem maneiras de trazer a mãe ou a namorada para esse “interno astronauta”.
Essa comunicação expressiva e interativa é a mesma pela qual se partilham coisas simples, evidentes, saberes, informação e, que cada um conhece; é base de socialização como afirma Jean Hébrard.
Nessa perspectiva, acredita que a literatura infantil faz parte de saberes construídos pela escola e que os grandes textos como Pinóquio, Alice no país das maravilhas, e mesmo outros textos de nosso tempo, todos são grandes textos na cultura universal.
Hébrard afirma ainda que a presença da literatura na escola é uma coisa fundamental. “Eu preferia uma escola sem alfabetização e com literatura, do que uma escola com alfabetização perfeita, mas sem literatura. Porque não há problema de alfabetização com a mídia contemporânea, com o rádio, a televisão...”


quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Tessituras: Projeto de Leitura “Planeta em Harmonia”


Responsáveis:

Bibliotecárias: Silvane R. Manhago, Lilian A. Pinheiro, Suzana Carrasco

Professoras: Maira Regina Schossler, Rosana.

1. OBJETIVO GERAL

Tornar a hora da leitura na biblioteca um momento ainda mais prazeroso, lúdico e educativo, promovendo a conscientização sobre a importância da utilização racional dos recursos naturais, da preservação, do consumo e do desperdício, ao mesmo tempo, instruindo sobre as consequências da interferência do homem na natureza.

2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Socializar a leitura;

- Estimular a leitura, a escrita e a dramatização;

- Despertar nas crianças a consciência ecológica;

- Sensibilizar os alunos diante dos diversos reflexos negativos consequentes ao

desequilíbrio do meio-ambiente;

- Estimular mudanças de hábitos e desaceleração do consumo e desperdício;

- Realizar um trabalho em conjunto com o Laboratório de Informática.

3. PÚBLICO-ALVO: Alunos do 2º ao 4º ano do Ensino Fundamental, da Escola X.

4 . PLANO DE AÇÃO:
Na entrada do Setor Infantil estarão expostos, dentro de caixinhas sinalizadas, os livros de literatura infantil previamente selecionados, de acordo com os assuntos do programa.


SELEÇÃO DO ACERVO

ROCHA, Ruth. O Jacaré preguiçoso. São Paulo: Salamandra, 2005.

ROCHA, Ruth. O Macaco bombeiro. São paulo: Salamandra, 2006.

ROCHA, Ruth. Vivinha, a baleiazinha. São Paulo: Salamandra, 2007.

CASSOL, Léia; SIEGLE, Vitor. Férias na floresta. Porto Alegre: Cassol, 2007

CAVION, Elaine Pasquali. Formigas. São Paulo: Paulus, 2009.

RIBEIRO, Jonas. Faniquito e siricutico no mosquito. 7.ed. Rio de Janeiro: Elementar, 2009.

RIBEIRO, Jonas; NEVES, André. A gargalhada de alegria de Dona Ecologia. 5. ed . São Paulo: Elementar, 2007.

O desenvolvimento das atividades seguirá a programação da hora da leitura destinada aos alunos do 2º ano ao 4º ano do Ensino Fundamental, da Escola X. Na biblioteca, os alunos serão separados em pequenos grupos, para que juntos possam escolher e fazer a leitura. Posteriormente, farão uma apresentação contando o que mais gostaram da história, seja em forma de dramatização, mímica ou simplesmente se deixando levar pela criatividade.

Paralelo a estas atividades, durante as aulas no laboratório de informática, os alunos serão orientados a acessar um link criado para o projeto. Esta ferramenta será usada pelos alunos para escrever sobre as leituras na biblioteca, contando o que mais gostaram e o que puderam aprender. Tudo espontaneamente. A equipe da biblioteca também propõe que os alunos respondam a seguinte pergunta:

O que eu poderia fazer para melhorar o planeta onde vivo?

5. CRONOGRAMA

Divulgação e apresentação do projeto:

Início das atividades: agosto/2010

Revisão das atividades: final do trimestre

Conclusão dos trabalhos: outubro/2010

Encerramento: 03//2010

6. CONCLUSÃO

A proposta deste projeto visa desenvolver a criatividade e a constante integração dos alunos das séries iniciais do Ensino Fundamental com a literatura infantil, bem como, um maior aproveitamento e interesse dos alunos durante o horário programado para a hora da leitura na biblioteca.

7. REFERÊNCIAS

BALDI, Elizabeth. Leitura nas séries iniciais: uma proposta para formação de leitores de literatura. Porto Alegre: Ed. Projeto, 2009.

SIMÃO, Maria Antonieta Rodrigues; SCHERCHER, Eroni Kern; NEVES, Iara Conceição Bitencourt. Ativando a biblioteca escolar: recursos visuais para implementar a interação biblioteca-usuário. Porto Alegre: Ed. Sagra Luzzatto, 1993.

segunda-feira, 5 de abril de 2010


Biblioteca da Estação: Inaugurada em 20 de março de 2008, junto à Secretaria Municipal da Cultura, na antiga Estação Férrea de Caxias do Sul, dispõe de um acervo infantil e juvenil de aproximadamente 3 mil exemplares. Recebe visitações de escolas e do público em geral.

Biblioteca da Estação vai à Escola: Lançado em 2008, o projeto dispõe de 12 bolsas com 30 livros cada. As escolas agendam a retirada de uma bolsa e permanecem pelo período de um mês com ela.

Biblioteca da Estação na sua casa: O projeto foi lançado em novembro de 2009. Oferece a cada sócio da Biblioteca Infantil o empréstimo de até 5 títulos por um período de 15 dias.

Jardim da Leitura: Espaço anexo à Biblioteca da Estação com ambiente claro, em meio à natureza, destinado à leitura.

Premiações do Programa Permanente de Estímulo à Leitura:

Prêmio O Sul - Nacional e os livros (2005)‏
Prêmio Cultura FAMURS / CODIC (2008)‏
Participação do Fórum do Plano Nacional do Livro e Leitura entre os melhores projetos do Brasil (2008)‏
Concurso Pontos de Leitura (2008)‏
Troféu Amigo do Livro / Câmara Rio-Grandense do Livro (2008)‏
Prêmio FNLIJ / Petrobras - 1º lugar (2009)‏


Programas de Leitura: PPEL – Programa Permanente de Estímulo à Leitura - LIVRO MEU







Prefeitura Municipal de Caxias do Sul
Secretaria Municipal da Cultura
PPEL – Programa Permanente de Estímulo à Leitura - LIVRO MEU

Com objetivo de valorizar o livro e democratizar a leitura, a Secretaria Municipal da Cultura de Caxias do Sul criou, em 2005, o Programa Permanente de Estímulo à Leitura / Livro Meu. Todo homem tem direito ao livro, ao seu livro e que ele diga Livro Meu e descubra o quanto a leitura é necessária para o real exercício de sua cidadania.

O Programa trabalha com os seguintes projetos:

Tapete Mágico: Objetiva promover o livro e a leitura, por meio do teatro e suas linguagens. É destinado a séries iniciais do Ensino Fundamental, escolas infantis e outras instituições da comunidade caxiense. Está na 10ª edição. A partir de 2005, com o Programa Livro Meu, ampliou-se o número de apresentações e mais de 10 mil crianças participam anualmente.


Bibliotecas Comunitárias: Parceria do PPEL, Centros Comunitários, Secretaria Municipal da Educação – SMED e PIM – Programa Primeira Infância Melhor. Em 2008, foram implantadas 10 Bibliotecas em 10 Bairros de Caxias do Sul. Em 2009, foram realizadas oficinas para Capacitação de Mediadores de Leitura responsáveis pelas bibliotecas de cada bairro. Em 2010, mais 10 novas Bibliotecas serão inauguradas em bairros da cidade já selecionados.
O acervo das Bibliotecas Comunitárias, com cerca de 800 livros cada, fica disponível a todos os moradores dos bairros.

Cangurus da Leitura: Parceria do PPEL e PIM. O Projeto dispõe de bolsas projetadas especialmente para transportar livros de literatura infantil cuidadosamente selecionados. O nome do projeto tem como referência o canguru que, por carregar o filhote em sua bolsa, representa o cuidado e a proximidade afetiva necessária para o desenvolvimento saudável das crianças.
As bolsas do Cangurus da Leitura circulam nos 26 bairros de Caxias atendidos pelo PIM e cerca de 500 famílias têm acesso aos livros.

Malas de Leitura: Encontram-se disponíveis em UBS's (Unidade Básica de Saúde), CIAD's (Centos de Inclusão e Alfabetização Digital) e fábricas da cidade. Aproximadamente 60 mil pessoas têm acesso às Malas de Leitura.

Passaporte da Leitura: Atividade preparatória para a Feira do Livro de Caxias do Sul, incentiva a participação dos alunos e da comunidade no evento e contribui para ampliar o acervo das bibliotecas escolares. As escolas desenvolvem projetos para a leitura de obras de autores convidados, envolvendo toda a comunidade onde estão inseridas. Está na 6ª edição, e até aqui participaram 120 escolas, mais de 60 escritores e cerca de 10 mil crianças diretamente e 30 mil pessoas indiretamente.
O programa já destinou cerca de 4 mil livros para enriquecer o acervo das escolas.

Encontro Estadual de Leitura - PROLER: Acontece em Caxias do Sul desde 1993 e é destinado a professores de Ensino Fundamental e Médio em escolas municipais, estaduais e particulares, bibliotecários, professores e comunidade interessada na promoção da leitura.
A cada ano são oferecidas 300 vagas, para participação em 10 oficinas realizadas por escritores e especialistas na área da leitura.

Feira do Livro: Além da comercialização de livros com desconto, realiza eventos culturais em torno do livro, oferecendo um ambiente de cultura e lazer. Em 2009, mais de 300 mil pessoas visitaram o maior evento literário de Caxias do Sul, onde foram comercializados mais de 71.200 livros. Está na sua 26ª edição.